segunda-feira, 26 de novembro de 2012

AVISO

Olá!
Só confirmando que eu não postarei nenhum experimento, e nem algumas coisas de Laboratório. :)

Ciências (Oitavo Ano do E.F. II) - Sistema Respiratório



Para nós e para outros seres, a respiração é o sinal mais evidente de que estamos vivos. O primeiro choro do bebê, logo após o seu nascimento, ativa o sistema respiratório para toda a vida. Essa atividade não pode parar; caso isso ocorra por mais de alguns minutos, podemos morrer.
O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões.

Vias respiratórias
Pelas vias respiratórias, o ar entra e sai do nosso corpo e percorre o seguinte caminho: nariz (pelas cavidades nasais), faringe, laringe, traqueia, brônquios.

-Nariz
As cavidades dos nariz, também chamadas fossas nasais, são as partes de contato do sistema respiratório com o ambiente. A mucosa nasal é revestida por um tipo de tecido que contém pequenos pelos, os cílios, e as suas células produzem muco. Os cílios e o muco impedem a entrada de partículas de impurezas e microrganismos para o interior do sistema respiatório. As fossas nasais têm função de filtrar e aquecer o ar.

-Faringe
É um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar. Esse órgão faz parte dos sistemas digestório e respiratório.
Em uma de suas extremidades, a faringe se comunica com as cavidades nasais e com a boca; na outra extremidade, com a laringe e com o esôfago.

-Laringe
É o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe, está a epiglote, a válvula que a fecha durante a deglutição.
A laringe é também um órgão de fonação, ou seja, da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais, responsáveis pela produção do som da nossa voz.

-Traqueia
Da laringe, o ar passa para a traqueia.
A traqueia é um tubo formado por anéis cartilaginosos que a mantém aberta. Na extremidade inferior, ela se bifurca dando origem aos brônquios. Os anéis cartilaginosos da laringe, da traqueia e dos brônquios impedem o fechamento do tubo respiratório, o que dificultaria a passagem do ar.

-Brônquios
No interior dos pulmões, a traqueia se bifurca em dois brônquios: o direito e o esquerdo.
Os brônquios, por sua vez, se ramificam, subdividindo-se várias vezes e formando a árvore bronquial. As ramificações mais finas dos brônquios são denominadas bronquíolos.
Esses terminam em minúsculas bolsas, com paredes muito finas, bastante irrigadas pelos capilares, que são vasos sanguíneos também muito finos. Essas bolsas são os microscópicos alvéolos pulmonares. Há mais de 300 milhões nos nossos pulmões.

Pulmões
O sistema respiratório tem dois pulmões: o direito e o esquerdo. Os pulmões são revestidos por uma membrana muito fina, a pleura.
Eles preenchem a maior parte da cavidade torácica e ficam apoiados no músculo denominado diafragma.
Os pulmões tem aparência esponjosa, devido aos milhares de alvéolos que os constituem. Se fosse possível esticar lado a lado todos os alvéolos dos pulmões de uma pessoa adulta, teríamos cerca de 70 metros de comprimento. É muito vantajoso os pulmões terem grande superfície de contato, pois isso representa maior capacidade de absorção de oxigênio e eliminação de gás carbônico.
Os pulmões estão localizados no interior da caixa torácica.

-Pleura
A pleura reveste as paredes da cavidade torácica, tendo uma superfície lisa e escorregadia, facilitando os movimentos de expansão e retração dos pulmões.

-Diafragma
O diafragma é um músculo que fica abaixo dos pulmões e separa o tórax do abdome, além de ser fundamental nos movimentos respiratórios. O diafragma só existe no organismo dos mamíferos.

Os movimentos respiratórios
Respiramos constantemente, ou seja, a partir do momento em que nascemos, respiramos durante todo o nosso tempo de vida, sem parar. Os movimentos respiratórios são involuntários, isto é, não dependem da nossa vontade.
A cada respiração, ocorrem alternadamente dois movimentos:
>Inspiração - entrada do ar do ambiente até os pulmões;
>Expiração - eliminação do ar dos pulmões para o ambiente.
A cada respiração, a caixa torácica aumenta e diminui o seu volume.
Quando inspiramos, os músculos intercostais e o diafragma se contraem: os músculos intercostais se afastam e o diafragma se abaixa. Nesse instante, há um aumento do volume interno da caixa torácica, e a pressão interna dos pulmões fica menor que a pressão atmosférica: o ar entra nos pulmões.
Quando expiramos, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, isto é, o diafragma sobe e os músculos intercostais se aproximam novamente. Há uma diminuição do volume interno da caixa torácica, o que aumenta a pressão interna, tornando-a maior do que a pressão atmosférica: o ar sai dos pulmões.
Portanto, a entrada e a saída de ar dos pulmões - a ventilação pulmonar - ocorrem pela ação conjunta do diafragma e dos músculos intercostais.
OBS: Para o ar penetrar no tubo respiratório é necessário haver uma diferença entre a pressão atmosférica e a pressão existente no interior da cavidade torácica.
Quanto menor for a diferença entre as pressões atmosféricas e a do interior da caixa torácica, menor será a quantidade de ar que penetra nos pulmões.

Controle da respiração
Os movimentos respiratórios não dependem da nossa vontade.
Quando a concentração de gás carbônico no sangue aumenta, o bulbo, órgão do sistema nervoso, envia mensagem para os músculos intercostais e para o diafragma, o que faz com que eles se contraiam e relaxem - provocando os movimentos respiratórios e a consequente troca de gases.

Troca de gases
O oxigênio que entra nos pulmões precisa chegar a todas as células do corpo, e o gás carbônico produzido nas células deve ser expelido do corpo.
O transporte desses gases pelo organismo é realizado pelos glóbulos vermelhos do sangue e pelo plasma sanguíneo.
Ao passar pelos alvéolos pulmonares, o sangue absorve o oxigênio que foi inspirado do ar atmosférico. Ao mesmo tempo o sangue libera, no interior dos alvéolos, o gás carbônico produzido nas células. Nessa troca denominada hematose, o sangue rico em gás carbônico se transforma em rico em oxigênio.
O sangue oxigenado é transportado para todos os tecidos do corpo.
O gás carbônico é expelido do corpo pela expiração.
A troca de gases ocorre pelo fenômeno da difusão, que consiste na movimentação de moléculas da região de maior concentração para a de menor concentração, em consequência da diferença da pressão dos gases.
O gás oxigênio - mais concentrado no sangue - passa para as células, e o gás carbônico - mais concentrado nas células - passa para o sangue. No nosso corpo, a difusão acontece nos alvéolos pulmonares e nas células, os dois locais onde o oxigênio e o gás carbônico são trocados.
As trocas de gases são etapas importantes no processo respiratório, em que  o oxigênio é utilizado para obter energia pelas células, portanto esse processo só acontece se o oxigênio chegar até elas.

Liberação da energia obtida dos alimentos
Como resultado do processo digestivo, os nutrientes são absorvidos pelo organismo e passam para a corrente sanguínea.
O oxigênio e os nutrientes são transportados pela corrente sanguínea até o interior das células, onde ocorre a respiração celular, uma reação entre o oxigênio e as substâncias nutritivas, em geral glicose. Essa reação libera a energia da glicose, que pode ser utilizada em várias atividades do nosso corpo. Em outras palavras, liberada no processo respiratório, a energia é utilizada nas funções do nosso organismo.
Nesse processo, são também produzidos gás carbônico e água. O resíduo da respiração celular - o gás carbônico - passa pela corrente sanguínea e é lançado para fora do organismo, fazendo o caminho de saída pelos órgãos do sistema respiratório.
Também, parte da água presente no organismo é eliminada, no estado gasoso, pelas vias respiratórias. Outros resíduos da atividade celular passam ainda para a corrente sanguínea e posteriormente são eliminados.
À medida que se aumenta a atividade do corpo, aumenta a necessidade de oxigênio nas células, necessário para a liberação de energia.

domingo, 25 de novembro de 2012

Ciências (Oitavo Ano do E.F. II) - Sistema Excretor/Urinário


O corpo humano, assim como o dos outros seres vivos, produz substâncias durante as atividades da célula. Muitas delas não são aproveitadas pelo organismo e, principalmente as tóxicas, são excretadas, isto é, eliminadas do corpo.
As excretas são lançadas das células para o líquido que as banha, o líquido intersticial, e daí são passadas à linfa e ao sangue. Essas excretas serão eliminadas do corpo. Na excreção, ocorre também a eliminação de parte da água do organismo.
A produção de suor está relacionada, principalmente, à regulação da temperatura do organismo, e não à excreção, porque, em relação ao sistema urinário, o suor elimina pequena quantidade de excretas.
A excreção é realizada principalmente pelos rins, que fazem parte do sistema urinário.

Estrutura do sistema urinário
O sistema urinário produz e elimina a urina. Esse sistema é composto por dois rins e pelas vias urinárias, que são dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins
Os rins são órgãos que se situam na cavidade abdominal, acima da cintura e logo abaixo do diafragma; há um rim de cada lado da coluna vertebral.
Eles são de cor vermelho-escura e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão, porem bem maiores. Em uma pessoa adulta, cada rim mede cerca de 10 centímetros de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura.
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal; com as vias urinárias, pelos ureteres.

-Estrutura dos rins
O córtex renal é a parte mais externa do órgão. No seu interior, encontram-se os néfrons, tubos curvos microscópicos onde o sangue é filtrado, produzindo-se a urina.
A medula renal contém numerosos tubos coletores de urina.
A pélvis renal coleta a urina e a conduz até os ureteres.

-O trabalho dos rins
Os rins filtram todo o sangue do corpo que passa por eles, removendo substâncias que são tóxicas ou que estão em excesso.
O sangue é transportado pelas artérias renais até penetrar nos rins. Nesses órgãos, o sangue é filtrado, sendo extraídos os resíduos tóxicos como ureia e de outras substâncias, por exemplo, de alguns remédios e outras drogas. Após ser filtrado, o sangue sai dos rins e retorna à circulação pelas veias renais. Ou seja, os rins funcionam articulados com o sistema circulatório ou cardiovascular.
O trabalho dos rins evita que a pressão - tensão arterial -, o volume e a composição química do sangue se alterem muito, o que poderia colocar em risco a saúde e até mesmo a sobrevivência do organismo.

Vias urinárias
A urina é produzida nos rins. Antes de ser eliminada, passa pelas vias urinárias que são formadas por dois ureteres, bexiga e uretra.

-Ureteres
São dois tubos musculares finos que conectam os rins com a bexiga urinária. Numa pessoa adulta, medem cerca de 30 cm de comprimento cada um.
Os ureteres coletam a urina produzida nos rins e a transportam até a bexiga.

-Bexiga urinária
É um orgão muscular, elástico, com formato de uma bolsa, ques está situado na parte inferior do abdome, onde desembocam os ureteres.
A bexiga recebe e armazena temporariamente a urina. Ela reserva, em média, até 300 ml de urina, mas pode reter até 800 ml.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção, isto é, o ato de urinar. Quando a bexiga está cheia, o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção à uretra, de onde, então, ela é lançada para fora do corpo.
Em média, uma pessoa adulta elimina cerca de 1,5 litro de urina por dia. A produção de mais ou menos urina depende de vários fatores como a quantidade de líquido ingerido, algumas doenças, uso de diuréticos, entre outros.

-Uretra
É um tubo, também muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo.
A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente urina. A masculina mede cerca de 20 cm e transporta para o exterior do corpo urina e esperma, mas não ao mesmo tempo.
O pequeno comprimento da uretra feminina somado ao fato de que a abertura do canal uretral, a vagina e o ânus estão muito próximos acarretam, mesmo em mulheres com hábitos higiênicos corretos, maior risco de contaminação da vulva e da uretra por microorganismos, tais como as bactérias intestinais.
Por isso, infecções urinárias são mais frequentes em mulheres do que em homens.

Como se forma a urina
A urina é formada nos néfrons, unidade urinária dos rins, em duas etapas: filtração do sangue e reabsorção de substâncias úteis.
Na filtração, as diversas substâncias - a água, os sais minerais, a glicose, os aminoácidos, algumas vitaminas e a ureia - são filtradas do sangue, entrando nos rins. As moléculas muito grandes, como, por exemplo, as proteínas e as células do sangue, não são filtradas e continuam na corrente sanguínea.
Quando o líquido filtrado passa para o túbulo renal, ao longo desse tubo ocorre a segunda etapa desse processo: a reabsorção.
As substâncias úteis ao organismo que foram filtradas - grande parte da água e dos sais minerais, a glicose, os aminoácidos e as vitaminas - são reabsorvidas e, em seguida, passam para os capilares sanguíneos que envolvem os néfrons, vão para as veias renais e voltam para a circulação sanguínea.
Após a reabsorção, uma parte da água e dos sais minerais, com a ureia e outras substâncias tóxicas ou que estavam em excesso no sangue, permanece nos túbulos renais. Essa composição constitui a urina.

Composição da urina
A urina é um produto da filtração do sangue, sendo um líquido ligeiramente ácido, de cor clara, amarelada e transparente. Sua composição é de aproximadamente 95% de água e substâncias como ureia, ácido úrico, cloreto de sódio, fosfato, sulfatos (sais de cálcio, de magnésio, de potássio, etc.) e outras substâncias.
O nível dessas substâncias na urina varia de acordo com a dieta alimentar, o uso de medicamentos e diversos outros fatores.

COMPLEMENTAÇÃO DO CAPÍTULO - Excreção

Excreção > corresponde a eliminação de resíduos (substâncias químicas que não são úteis ao corpo) produzidos nas células durante as reações químicas.
Esses resíduos são denominados EXCRETAS.
Ex: Gás carbônico, Amônia, Ureia, Ácido Úrico.
O sangue recebe das células os resíduos e transporta-os até os órgãos excretores que irão eliminá-los do organismo.
Órgãos excretores:
-Pulmões - Excretam gás carbônico através do ar expirado.
-Pele - excreta ureia e ácido úrico através do suor.
-Rins - excretam ureia e ácido úrico através da urina.

OBS: A quebra dos AA nas nossas células produz um resíduo chamado amônia (substância altamente tóxica). Para ser eliminada do corpo, este resíduo se une a uma imensa quantidade de água.
Então, como somos animais terrestres, não podemos eliminar a Amônia, porque não podemos perder muita água (desidratação).
Como nosso organismo resolve este dilema?
-Toda amônia produzida nas células é recolhida pelo sangue e transportada para o fígado, onde será transformada em ureia (substância menos tóxica do que a amônia). A ureia, para ser eliminada do corpo, se une a uma razoável quantidade de água. Em seguida, o fígado joga o resíduo ureia no sangue, que o transporta para os rins e para as glândulas sudoríparas (produtoras de suor).
Isso é vantajoso para o organismo pois economiza muita água.

OBS:
1- As proteínas do plasma, por serem moléculas grandes, não são filtradas pelos rins, isto é, não atravessam a membrana plasmática das células renais.
2- As substâncias filtradas pelos rins (moléculas pequenas) formam um líquido chamado de Filtrado. Esse filtrado é constituído de substâncias úteis ao organismo e resíduos (substâncias inúteis ou tóxicas).
3- As substâncias úteis serão absorvidas pelo sangue, isto é, os rins devolvem para o sangue essas substâncias. São elas a glicose, AA (aminoácidos), vitaminas, sais minerais, água.
4- Os resíduos e o excesso de substâncias úteis não serão reabsorvidos pelo sangue. São elas: excretas (ureia e ácido úrico), excesso de água e sais minerais. Essas substâncias que permanecem nos rins vão formar a urina.
5- A urina é formada de água, sais minerais, ureia e ácido úrico.
6- Hemodiálise - É uma técnica artificial usada quando a pessoa possui rins deficientes, isto é, quando os rins não conseguem retirar do sangue (filtração) as excretas (ureia e ácido úrico), portanto este aparelho funciona como um rim artificial.

Ciências (Oitavo Ano do E.F. II) - Sistema Circulatório


Pelo sistema circulatório, o sangue circula por todo o corpo, transportando os nutrientes obtidos na digestão, o oxigênio absorvido do ambiente pela inspiração, o gás carbônico produzido na respiração celular e também outros resíduos e hormônios.
O sistema circulatório é constituído de três principais componentes: os vasos sanguíneos, o sangue e o coração.

Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos constituem uma rede de tubos de paredes elásticas que conduzem o sangue pelo corpo. Existem três tipos principais de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os capilares.

-Artérias
As artérias são vasos por onde passa o sangue que sai do coração e é levado até os tecidos do corpo.
O sangue venoso - rico em gás carbônico - é bombeado do coração para os pulmões por meio das artérias pulmonares. O sangue arterial - rico em gás oxigênio - é bombeado do coração para os tecidos do corpo por meio da artéria aorta.
As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando cada vez mais finas, constituindo as arteríolas. Essas, por sua vez, se ramificam ainda mais, originando os capilares.
A musculatura das artérias é grossa e elástica. Esta característica permite que a artéria suporte a pressão do sangue bombeado do coração e contribui para que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.

-Veias
As veias são vasos que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo para o coração. Elas tem diâmetro menor e paredes mais finas do que as artérias.
Os vasos capilares se reúnem e formam ramos mais grossos, chamados vênulas. As vênulas, que recebem o sangue dos vasos capilares, continuam a se juntar formando as veias.
A maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico.
Contudo, as veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
A pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. Por isso é importante a existência de válvulas nesses vasos, fazendo com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração. A contração da musculatura esquelética também favorece essa ação ao comprimir as veias.

-Vasos capilares
Os vasos capilares têm diâmetros microscópicos. Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células. Isso permite a passagem de substâncias (por exemplo, nutrientes e gases) do sangue para as células, e das células para o sangue.
Os capilares formam a rede de comunicação entre artérias e veias, em um sistema fechado.

Coração
O coração é um órgão muscular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões (região denominada mediastino).
Esse órgão funciona como uma bomba dupla. O lado esquerdo bombeia sangue arterial para diversas partes do corpo, enquanto o lado direito bombeia sangue venoso para os pulmões.
O coração bate, em média, setenta vezes por minuto em um adulto em repouso, cento e vinte vezes por minuto em uma criança e cento e trinta vezes por minuto em um bebê.

-Estrutura do coração
O coração é envolvido por uma membrana denominada pericárdio. E a que reveste internamente as cavidades cardíacas é chamada endocárdio.
O miocárdio é o músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio, sendo responsável pelas contrações do coração, ou seja, pelos movimentos vigorosos e involuntários realizados pelo coração.

-Organização interna do coração
O coração humano apresenta internamente quatro cavidades:
>dois átrios, cavidades superiores (menores) por onde o sangue chega ao coração;
>dois ventrículos, cavidades inferiores (maiores) por onde o sangue sai do coração.
Os ventrículos têm paredes mais grossas que os átrios. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o átrio esquerdo, com o ventrículo esquerdo. Não há comunicação entre os dois átrios nem entre os dois ventrículos.
Entre os átrios e os ventrículos, existem valvas que impedem o refluxo do sangue, isto é, o retorno do sangue dos ventrículos para os átrios. Elas são chamadas valva atrioventricular direita (tricúspide) e valva atrioventricular esquerda (bicúspide ou mitral).
OBS: O barulho que ouvimos dos batimentos cardíacos corresponde ao movimento das valvas, que acontece de modo ritmado.

-Batimentos cardíacos
O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contrações, denominadas sístoles, e relaxamentos, as diástoles.
Quando ficam cheios de sangue, os átrios se contraem (sístole), as valvas se abrem e o sangue é bombeado para os ventrículos que estão relaxados (diástole). A seguir os ventrículos se contraem (sístole) e pressionam o sangue para os vasos. Neste momento, os átrios em diástole se enchem de sangue.
Esse conjunto de movimentos constitui o ciclo cardíaco.
Em ocasiões consideradas estressantes, isto é, que exigem muito do corpo, o organismo dá sinais de que está precisando de uma quantidade maior de oxigênio para liberar mais energia. Então, o coração bombeia intensamente o sangue, permitindo que o oxigênio chegue às células com maior rapidez.

Pulsação
A cada vez que os ventrículos se contraem (ou a cada batida do coração), eles impulsionam o sangue para as artérias.
Podemos perceber a pressão que move o sangue pelas artérias, ou seja, o vaso sanguíneo se expandindo e se contraindo. Por esse movimento de pulsação - também chamado pulso arterial -, podemos verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
Durante muito tempo, o coração foi considerado o principal órgão do corpo. Atualmente, sabemos que a vida acontece em um processo integrado e harmonioso dos sistemas digestório, respiratório, circulatório, etc. Nessa integração todos os órgãos são muito importantes para o funcionamento do nosso organismo.

Características e funções do sangue
Pelo corpo de uma pessoa adulta circulam, em média, seis litros de sangue. O sangue percorre todo o corpo distribuindo nutrientes, gás oxigênio e hormônios e recolhendo os resíduos, como o gás carbônico, que deverão ser eliminados do organismo. É um líquido vermelho e parece uma mistura homogênea. No entanto, com a observação por microscópio podemos verificar que é heterogêneo.

-Composição do sangue
O sangue é constituído de glóbulos brancos e glóbulos vermelhos (células sanguíneas), de plaquetas (fragmentos de células) e de uma substância líquida, que recebe o nome de plasma.

>Plasma: o plasma é um líquido de cor amarelada e corresponde a mais da metade do volume do sangue. É constituído por grande quantidade de água, mais de 90%.
No plasma, estão misturados os nutrientes (glicose, lipídios, aminoácidos, proteínas, sais minerais e vitaminas), o gás oxigênio e hormônios e os resíduos produzidos pelas células, como gás carbônico e outras substâncias que devem ser eliminadas do corpo (excretas).

>Células sanguíneas:
As células sanguíneas são os glóbulos vermelhos e os glóbulos brancos.
Tanto essas células quanto as plaquetas se originam na medula óssea vermelha, tecido existente na extremidade dos ossos longos.
Uma parte dos glóbulos brancos é produzida por outros órgãos: baço, fígado, timo e pelos gânglios linfáticos.
-Os glóbulos vermelhos ou as hemácias são as células em maior quantidade no sangue humano. Estão relacionados com a função de transportar gás oxigênio para as outras células do corpo e o gás carbônico para os pulmões.
As hemácias dos mamíferos são células que não possuem núcleo e apresentam a forma de um disco côncavo de ambos os lados. Esse formato garante uma superfície relativamente grande para a captação e distribuição de gases.
As hemácias são ricas em hemoglobina. Podem conduzir uma quantidade de gás oxigênio cerca de cem vezes maior que a transportada pelo plasma. Duram aproximadamente 120 dias, após os quais são destruídas em órgãos como baço e fígado.
Quando a hemácia chega aos vasos sanguíneos dos pulmões, o gás oxigênio, em alta concentração, entra na hemácia e combina-se com a hemoglobina, formando a oxiemoglobina. Nos tecidos, a oxiemoglobina libera o gás oxigênio para as células, onde é usada na respiração celular. Parte do gás carbônico produzido no processo de respiração celular combina-se com a hemoglobina, formando a carboemoglobina; a maior parte do gás carbônico, no entanto, é transportada dissolvida no plasma sanguíneo até os pulmões, por onde é eliminado.
Uma pessoa adulta, em condições normais, possui cerca de 4 milhões a 6 milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue.
A baixa concentração de hemoglobina no sangue, devido à diminuição no número de hemácias, ou a baixa concentração de hemoglobina em cada glóbulo, quando o número de hemácias é normal, caracteriza a anemia (sintomas: cansaço, palidez, etc.)
Pessoas que moram em lugares de grande altitude, em geral, apresentam aumento do número de hemácias acima do normal. Devido à baixa concentração do gás oxigênio (ar rarefeito), o organismo produz quantidade maior de hemácias para aumentar a captação de gás oxigênio e seu transporte às células.
-Os glóbulos brancos ou os leucócitos são as células de defesa do organismo que destroem os agentes estranhos, por exemplo, as bactérias, os vírus e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções e outras doenças.
Os leucócitos constituem o principal agente do sistema de defesa do nosso organismo, denominado também sistema imunológico. No sangue, há vários tipos de leucócitos, de diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo.
Os leucócitos são maiores que as hemácias, no entanto a quantidade deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes estranhos, o número de leucócitos aumenta significativamente.
Atuam na defesa do organismo de dois modos:
>Fagocitose: nesse processo, as células sanguíneas de defesa englobam, digerem e destroem os microorganismos invasores.
>Produção de anticorpos: os anticorpos, proteínas especiais, neutralizam a ação das substâncias tóxicas produzidas pelos seres invasores ou presentes em alimentos e substâncias diversas.
O pus que geralmente se acumula no local de um machucado é formado pelo conjunto de leucócitos, de microorganismos mortos e também o líquido que sai dos capilares nos pontos infectados, provocando inchaço.
O tempo de vida dos leucócitos varia. Em período de intensa atuação em defesa do organismo, duram horas ou até dias.
Uma pessoa adulta, em condições normais, possui cerca de 4800 a 10800 leucócitos por milímetro cúbico de sangue.
O aumento do número de leucócitos pode ser provocado por certas doenças e infecções.
A diminuição do número de leucócitos (leucopenia) predispõe o organismo a infecções; pode ser provocada por radiações, certos medicamentos e produtos químicos que causam dano à medula óssea.

>Plaquetas: as plaquetas são fragmentos celulares bem menores que as células sanguíneas, ou seja, menores que as hemácias e os leucócitos. Possuem forma de discos. As plaquetas atuam na coagulação do sangue, interrompendo ou prevenindo hemorragias. Assim que um vaso sanguíneo se rompe, as plaquetas acumulam-se rapidamente na região e formam um tampão, que diminui a perda de sangue e também secretam substâncias que promovem a contração do vaso sanguíneo, diminuindo o fluxo de sangue no local. Vivem por cerca de dez dias.
Uma pessoa adulta, em condições normais, possui cerca de 150 mil a 400 mil plaquetas por milímetro cúbico de sangue.
A diminuição do número de plaquetas pode levar a uma hemorragia ou deixa o indivíduo mais sujeito à hemorragias.

Circulação sanguínea
Ao ser bombeado pelo coração, o sangue circula por todas as partes do corpo. O percurso do sangue no organismo humano recebe o nome de circulação.

-Caminho do sangue
Em um circuito completo, o sangue passa duas vezes pelo coração. Denominamos esses trajetos do sangue de pequena e grande circulação.
>Pequena circulação: o caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões (e vice-versa) recebe o nome de pequena circulação ou circulação pulmonar.
O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado pelo coração do ventrículo direito para a artéria pulmonar. Esta se divide em duas: uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.
Nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio.
O sangue oxigenado ou arterial é levado dos pulmões ao coração através das veias pulmonares que se abrem no átrio esquerdo.
>Grande circulação: o percurso do sangue que sai do coração até as demais células do corpo, e destas para o coração, é denominado grande circulação ou circulação sistêmica.
No coração, o sangue arterial, vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e deste para a artéria aorta. A aorta, por sua vez, transporta esse sangue para os diversos tecidos do corpo.
Quando o sangue oxigenado chega aos tecidos de diversos órgãos, os vasos capilares refazem as trocas de substâncias: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico; assim o sangue se torna venoso.
O sangue venoso retorna ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas superior e inferior.

Características da circulação sanguínea
A circulação humana, como a dos demais mamíferos, é:
-fechada: o sangue só circula no interior dos vasos;
-dupla: o sangue passa duas vezes pelo coração;
-completa: não há mistura de sangue arterial com sangue venoso.

OBS: Hemograma - É um tipo de exame de sangue que verifica o número de elementos celulares (hemácias, leucócitos e plaquetas) presentes em um indivíduo de espécie humana.

COMPLEMENTAÇÃO DO CAPÍTULO - Transporte de substâncias químicas nos seres vivos

Os seres vivos assemelham-se a um país que tem necessidade de estabelecer comércio com os países vizinhos para sua sobrevivência, isto é, certas mercadorias devem sair do país (exportação) enquanto outras mercadorias devem entrar no país, procedentes de países vizinhos ou distantes (importação).
As mercadorias que entram e saem de um certo país que possua litoral quase sempre o fazem através dos portos. As cidades do interior deste países recebem as mercadorias do litoral e as enviam para o interior através de estradas. Portanto, a existência das estradas permite que as cidades do interior mantenham comunicação com as cidades do litoral.
Analogamente, no corpo humano entram e saem substâncias químicas.
As substâncias provenientes do meio externo (importação) que entram no organismo estão representadas pelos nutrientes existentes nos alimentos e também pelo gás oxigênio.
Os nutrientes formados por moléculas grandes sofrem ação das enzimas digestivas, sendo transformadas em nutrientes de moléculas pequenas. Os vasos sanguíneos (estradas) existentes no corpo transportam as substâncias que entram no organismo para as células. No interior das células, os nutrientes e o gás oxigênio reagem, produzindo novas substâncias. Algumas destas substâncias formadas serão utilizadas pelas células e outras, obrigatoriamente, têm que ser eliminadas (exportação) por serem nocivas ao organismo (como por exemplo o gás carbônico proveniente da respiração celular e os produtos nitrogenados provenientes das quebras das proteínas dentro das células).
As superfícies (litoral) do corpo humano que realizam trocas de substâncias com o meio exterior são: o tecido epitelial, as vilosidades do jejuno-íleo e as paredes dos rins.

>Tecido epitelial: reveste o interior dos pulmões e permite as trocas gasosas entre o sangue e as células deste tecido (entra gás oxigênio e sai gás carbônico = hematose).
>Vilosidades do jejuno-íleo: absorvem moléculas pequenas dos nutrientes.
>Paredes dos rins: eliminam as excretas (substâncias tóxicas) através da urina = excreção.

Para garantir sua sobrevivência, o homem precisa que as substâncias provenientes do meio externo (importadas) cheguem a todas as células do corpo e que as substâncias tóxicas (nocivas) produzidas dentro das células sejam eliminadas (exportadas) para fora do corpo. Este intercâmbio acontece com sucesso porque os seres vivos possuem um sistema de transporte (estradas) que fazem a comunicação das células com o meio exterior. Este sistema é representado pelo Sistema Circulatório, que é constituído por um líquido, o sangue, que circula no interior de canais, chamados Vasos Sanguíneos.
O sangue circula por todo o corpo do homem, transportando, entre outras substâncias, os nutrientes e o gás oxigênio, com o objetivo de distribuí-los entre as células.

Sistema Circulatório
No homem, a circulação é fechada, dupla e completa. É considerada fechada porque o sangue circula sem sair dos vasos sanguíneos; completa porque não ocorre mistura de sangue venoso com sangue arterial e dupla porque passam os dois tipos de sangue pelo coração. O sistema circulatório é formado predominantemente pelo Tecido Muscular Estriado Cardíaco, que apresenta contrações involuntárias e rítmicas. Este tecido permite ao coração realizar dois tipos diferentes de movimentos:
Sístole = contração das cavidades cardíacas;
Diástole = relaxamento ou dilatação das cavidades cardíacas.
O coração encontra-se dividido em quatro cavidades: duas superiores, os Átrios, e duas inferiores, os Ventrículos.
Trajeto do sangue:
O sangue é bombeado por movimentos contínuos e ritmados de contração e relaxamento da musculatura dos Átrios e dos Ventrículos, alternadamente.
Simultaneamente, quando os Átrios sofrem uma sístole (contração), os Ventrículos estão em diástole (relaxamento). E quando os ventrículos sofrem uma sístole (contração), os Átrios estão em diástole (relaxamento).
Apenas para visualizar o trajeto do sangue no corpo, imagine a seguinte sequência:
O Ventrículo Direito, cheio de sangue, venoso sofre uma contração e impulsiona o sangue venoso para a artéria pulmonar, em direção aos pulmões, com o objetivo de permitir as trocas gasosas ao nível dos alvéolos pulmonares (hematose). Depois de oxigenado, o sangue retorna ao coração pelas veias pulmonares, que desembocam no Átrio esquerdo, que está em diástole. Quando a musculatura do Átrio Esquerdo se contrai, impulsiona o sangue para o Ventrículo Esquerdo, que está relaxado. O sangue passa do Átrio Esquerdo para o Ventrículo Esquerdo através da válvula Bicúspide.
A seguir, a musculatura do Ventrículo Esquerdo sofre uma forte sístole, impulsionando o sangue oxigenado, sob alta pressão, através da Artéria Aorta para todas as partes do corpo. O sangue arterial cede o gás oxigênio e os nutrientes a cada célula do corpo, retira delas o gás carbônico e retorna ao coração pelas veias cavas até o átrio direito. Do átrio direito o sangue é impulsionado para o ventrículo direito, passando através da vãlvula Tricúspide e assim por diante.
O sangue percorreu dois trajetos, simultaneamente:

-Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar
Ventrículo direito > Artérias pulmonares > Capilares Pulmonares > Veias Pulmonares > Átrio Esquerdo

-Grande Circulação ou Circulação Sistêmica
Ventrículo esquerdo > Artéria aorta > Capilares do corpo > Veias Cavas > Átrio Direito

OBS:
1- O sangue das partes inferiores do corpo conseguem subir de volta ao coração graça ao trabalho dos músculos esqueléticos. Quando estes músculos se contraem, as veias que estão próximas a eles são comprimidas, impulsionando o sangue para cima (contra a ação da gravidade). E para impedir o refluxo desse sangue, as válvulas existentes nas veias se fecham após a passagem do sangue, garantindo o fluxo sanguíneo em direção ao coração.
2- As válvulas Sigmoides ou Semilunares, situadas entre os ventrículos e as artérias (pulmonares e aorta) impedem o refluxo sanguíneo.
3- As válvulas se abrem devido às contrações da musculatura dos Ventrículos e fecham-se logo após a passagem do sangue. Ao se fecham, fazem vibrar as paredes do coração, causando dois ruídos característicos: o primeiro corresponde ao fechamento das válvulas Tricúspides e Mitral e o segundo, ao fechamento das Válvulas Sigmoides.
4- A pressão arterial depende da quantidade de sangue nas artérias e do diâmetro (abertura) das arteríolas, pois estes vasos estreitos e musculosos podem contrair-se, dificultando a passagem do sangue. Com isso, mais sangue é retido nas artérias e a pressão arterial aumenta. A contração das arteríolas é controlada por uma parte do Sistema Nervoso e por um hormônio chamado Adrenalina. Assim, quando levamos um susto, por exemplo, as arteríolas da pele se contraem estimuladas pelo sistema Nervoso e pela Adrenalina, impedindo a penetração de sangue nelas, e o indivíduo fica pálido. Graças a este mecanismo, um volume maior de sangue chegará aos capilares dos músculos e do cérebro, preparando o organismo para enfrentar uma situação de perigo.

Características dos Vasos Sanguíneos:

>Artérias
-Destino do sangue: do coração para o corpo.
-Tipo de sangue que transporta: venoso (nas Artérias Pulmonares) ou Arterial (na Artéria Aorta).
-Estrutura: Paredes musculares espessas, elásticas, que pulsam.
-Localização: Profundas (bem abaixo da pele; não visíveis)
-Válvulas: Ausentes

>Veias
-Destino do sangue: do corpo para o coração.
-Tipo de sangue que transporta: venoso (nas veias cavas) ou arterial (nas veias pulmonares)
-Estrutura: paredes musculares mais finas, que não pulsam.
-Localização: superficiais (próximas da pele; visíveis)
-Válvulas: Presentes

>Capilares
-Destino do sangue: tanto do coração para o corpo como do corpo para o coração.
-Tipo de sangue que transporta: venoso ou arterial.
-Estrutura: paredes muito finas, formadas por uma única camada de células.
-Localização: próximos às células dos tecidos.
-Válvulas: Ausentes

OBS:
Pressão arterial - Corresponde à pressão (força) que o sangue proveniente do coração exerce nas paredes das artérias. Ela está relacionada com os movimentos que ocorrem nos átrios e ventrículos, isto é, com a sístole e diástole.
Valor Padrão da Pressão Arterial - 12/8, onde o número 12 corresponde à pressão do sangue proveniente de uma sístole e o número 8, à pressão do sangue proveniente de uma diástole.

Ciências (Oitavo Ano do E.F. II) - Sistema Digestório

Após uma refeição, os nutrientes presentes nos alimentos devem chegar às células. No entanto, a maioria deles não as atinge diretamente. Precisam ser transformados para então nutrir o nosso corpo. Isto porque as células só conseguem absorver nutrientes simples e esse processo de "quebra" das moléculas complexas recebe o nome de digestão.
No sistema digestório, que é formado por um tubo e órgãos anexos, acontece a digestão, ou seja, a transformação dos alimentos que ingerimos em substâncias mais simples.

Tubo Digestório
O tubo digestório é composto pelos seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.

Boca 
A boca é a parte do tubo digestório que se comunica com o exterior. Nela se encontram a língua e os dentes, estruturas relacionadas à mastigação dos alimentos.

Faringe e esôfago 
A faringe é um canal comum às vias digestórias e respiratórias, ligando a boca ao esôfago.
É pelo esôfago, um tubo que mede cerca de 25 centímetros, que os alimentos são encaminhados ao estômago.

Estômago
O estômago tem o formato de uma bolsa. É uma dilatação do tubo digestório; um órgão muscular revestido internamente pela mucosa gástrica - membrana que possui glândulas especiais produtoras de suco gástrico, composto de água, ácido clorídrico, muco e enzimas. O estômago se comunica com o intestino delgado através de um orifício chamado piloro.

Intestino delgado
O intestino delgado é um tubo com cerca de 2,5 cm de diâmetro e 5,5 metros de comprimento. Apresenta-se dobrado sobre si mesmo, o que lhe permite ficar acomodado no abdome.
O intestino delgado é composto por três partes: o duodeno, com cerca de 25 cm, o jejuno e o íleo, que juntos medem aproximadamente 5 metros.
Na parte interna do tubo do intestino delgado, há glândulas que produzem o suco intestinal ou entérico, assim como minúsculos prolongamentos denominados vilosidades intestinais (as vilosidades são pequenas dobras da mucosa intestinal. Elas aumentam a superfície de contato com o alimento, favorecendo a sua absorção).

Intestino grosso
O intestino grosso mede cerca de 1,5 metro de comprimento e 6 cm de diâmetro. Também é composto de três partes:
-Ceco: tem a forma de um saco com cerca de 5 cm;
-Cólon: é a maior parte do intestino grosso;
-Reto: é a parte final do intestino grosso, termina com o canal anal, que se comunica com o exterior através da abertua denominada ânus.
O esfíncter é um músculo localizado ao redor do ânus, que controla a passagem das fezes.
O apêndice, parte terminal do intestino grosso, não tem função digestiva. Possui, no entanto, tecidos produtores de células que atuam na defesa do organismo.

Órgãos Anexos 
As glândulas salivares, o fígado e o pâncreas estão ligados ao sistema digestório e produzem substâncias imprescindíveis à digestão.

Glândulas salivares
As glândulas salivares produzem a saliva, composta por água, a maior parte, muco e enzimas, conduzida por canais. Situam-se anexas à boca. Existem três pares de glândulas salivares: parótidas, submandibulares e sublinguais.

Fígado e pâncreas
Tanto o fígado quanto o pâncreas situam-se na cavidade abdominal, junto do estômago e dos intestinos.
O fígado é a maior glândula do corpo humano. Produz a bile, substância que atua na digestão dos lipídios, que é armazenada na vesícula biliar e conduzida ao intestino através de um canal denominado ducto colédoco.
O fígado também armazena nutrientes e converte substâncias tóxicas em inofensivas ao organismo.
O pâncreas realiza funções importantes: produz o suco pancreático, que atua na digestão, e dois tipos de hormônios, responsáveis pela regulação da quantidade de glicose no sangue.

Digestão
A digestão humana é extracelular, isto é, ocorre fora das células. A transformação dos alimentos se realiza no interior do tubo digestório por meio de dois tipos de processos: físicos ou mecânicos e químicos.
- Durante os processos físicos ou mecânicos, ocorrem a trituração e a redução dos alimentos, sem que haja transformação de uma substância em outra. A digestão mecânica é realizada com a mastigação, a deglutição (o ato de engolir) e com os movimentos que acontecem no tubo digestório denominados peristálticos.
- Já nos processos químicos, ocorrem reações, nas quais as moléculas dos alimentos são decompostas em outras mais simples. Na digestão química, atuam no organismo enzimas presentes nos sucos digestivos.
Para que possam ser absorvidos pelo nosso organismo, quase todos os tipos de alimentos (contendo os lipídios, os carboidratos e as proteínas) devem passar por uma série de transformações digestivas, ou seja, pelo processo de simplificação das moléculas complexas. Isto é essencial, pois as células só conseguem absorver moléculas mais simples, que então, nutrem o nosso organismo.
A água, a glicose, os sais minerais e as vitaminas (moléculas pequenas) não precisam sofrer o processo digestório para penetrar nas células.

Etapas da Digestão Humana

-Digestão na Boca
O processo digestivo se inicia na boca, onde os alimentos são mastigados pelos dentes e sofrem a ação química da saliva.
>Mastigação
Nessa etapa, os alimentos são mastigados, isto é, triturados e reduzidos a pedaços bem pequenos. Nesse processo mecânico, os dentes são os agentes principais. Estes são auxiliados pela língua, que remove e mistura os alimentos na boca.
A trituração aumenta a superfície de contato do alimento com a saliva e, com isso, facilita a sua passagem pelo tubo digestório. Por isso, é importante mastigar bem os alimentos.
>Salivação
A saliva é produzida pelas glândulas salivares. Ela contém principalmente água, mas também muco, sais minerais e substâncias bactericidas, isto é, que matam bactérias.
Ao umedecer o alimento, a saliva facilita a mastigação.
A saliva tem também a ptialina ou amilase salivar. A ptialina é uma das enzimas que realizam a digestão química na boca com A salivação, isto é, ela "quebra" as moléculas do amido, que são relativamente grandes, transformando-as em moléculas menores.

-Da boca para o estômago
>Deglutição
Após a mastigação e a salivação, forma-se o que chamamos de bolo alimentar, que é, então, deglutido. Após o ato de engolir, o bolo alimentar passa pela faringe e chega ao esôfago.
OBS: Entre a faringe e a laringe, existe uma abertura chamada glote, que separa os sistemas digestório e respiratório. Quando engolimos, a epiglote fecha a glote, impedindo que o alimento vá para a traqueia. Se isso não ocorrer, o alimento irá para o sistema respiratório, que "tentará" expulsá-lo por meio da tosse.
>Movimentos Peristálticos
A deglutição é um movimento voluntário, isto é, executamos conscientemente o ato de engolir. A partir daí, os movimentos peristálticos conduzem o bolo alimentar pelo tubo digestório.
Esses movimentos são involuntários, isto é, independem da nossa vontade. São contrações dos músculos situados no esôfago, no estômago e nos intestinos, onde são mais intensos. Além de empurrar o alimento ao longo do tubo digestório, promovem a sua mistura.
Os movimentos peristálticos participam da digestão mecânica, fazendo com que o bolo alimentar seja empurrado do esôfago para o estômago. Uma válvula, a cárdia, regula essa passagem de alimento.

-Digestão no estômago
No estômago, os movimentos peristálticos misturam o bolo alimentar ao suco gástrico, produzido pelas glândulas da mucosa. Esse suco contém ácido clorídrico, que mantém a acidez estomacal, dando condição favorável ao trabalho das enzimas do estômago.
A pepsina, a principal enzima do estômago, atua na transformação das proteínas, intensificando a digestão química, que continuará no intestino.
O suco alimentar resultante da digestão gástrica é chamado quimo; por isso, a digestão gástrica é chamada também de quimificação.
Através de outra válvula, o piloro, é regulada a passagem do quimo para o intestino.

-Digestão no intestino delgado
No intestino delgado, ocorre a maior parte da digestão dos nutrientes, bem como a sua absorção, ou seja, a assimilação das substâncias nutritivas.
No duodeno, são lançadas as secreções do fígado e do pâncreas. Nessa primeira porção do intestino delgado, é realizada, principalmente, a digestão química - com a ação conjunta da bile, do suco pancreático e do suco entérico ou intestinal atuando sobre o quimo.
Na digestão química, há a ação destas secreções:
>bile: secreção do fígado armazenada na vesícula biliar. Ela é lançada no duodeno através de um canal e não contém enzimas digestivas; mas os sais biliares separam as gorduras em partículas microscópicas, funcionando de modo semelhante a um detergente. Isso facilita a ação das enzimas pancreáticas sobre os lipídios;
>suco pancreático: é produzido pelo pâncreas. Possui as enzimas amilase, proteases e lipase. Contém ainda Bicarbonato de Sódio, substância que diminui a acidez do bolo alimentar, permitindo a atuação das enzimas do suco intestinal e do suco pancreático;
>suco entérico: é produzido pela mucosa intestinal. Possui as enzimas maltase, sacarase, lactase, proteases e lipase.
Ao término do processo digestório no intestino delgado, o conjunto de substâncias resultantes forma um líquido viscoso de cor branca, denominado quilo.
A digestão continua no jejuno e no íleo.

-O destino dos alimentos
O quilo, produto da digestão, é composto pelos nutrientes transformados em moléculas muito pequenas, mais as vitaminas e sais minerais. As substâncias que formam o quilo podem ser absorvidas pelo organismo, isto é, atravessam as células do intestino, por meio das vilosidades do intestino delgado.
Com isso, ocorre a passagem das substâncias nutritivas para os capilares sanguíneos - ocorre a absorção dos nutrientes. O que não é absorvido (parte da água e a massa alimantar, formada principalmente pelas fibras) passa para o intestino grosso.

-Digestão no intestino grosso
Após a digestão no intestino delgado, o que resta do quilo chega ao intestino grosso. Este absorve a água e os sais minerais ainda presentes nos resíduos alimentares, levando-os, então, para a circulação sanguínea.
Algumas bactérias intestinais fermentam e assim decompõem resíduos de alimentos e produzem vitaminas (a vitamina K e algumas vitaminas do complexo B), que são aproveitadas pelo nosso organismo.
Nessas atividades, há liberação de gases (parte deles é absorvida pelas paredes intestinais e outra é eliminada pelo ânus).
O material que não foi digerido, as fibras, por exemplo, formam as fezes que são acumuladas no reto e, posteriormente, empurradas por movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É quando sentimos a necessidade de defecar, ou seja, eliminar as fezes.
Concluídas todas as etapas da digestão, os nutrientes que chegam à circulação sanguínea são distribuídos a todas as células, e assim são utilizados pelo organismo.

Resumo

-Processos físicos: mastigação, deglutição e movimentos peristálticos.
-Processo químico: digestão dos nutrientes.

Etapas da digestão:
1- Ingestão: entrada dos alimentos pela boca, onde os alimentos são triturados pelos dentes e misturados com a saliva durante a mastigação.
2- Digestão: sob ação das enzimas digestivas ocorre a transformação das moléculas grandes em moléculas pequenas, de substâncias que o organismo é capaz de absorver.
3- Absorção: as moléculas pequenas dos nutrientes são absorvidas no intestino delgado e passam para o sangue.
4- Eliminação: os materiais que não foram digeridos nem absorvidos são encaminhados para fora do organismo sob a forma de fezes.

sábado, 24 de novembro de 2012

AVISO IMPORTANTE - CIÊNCIAS

Olá a todos :)
Hoje (eu acho que termino hoje também) eu vou começar a postar a matéria de Ciências. Vou editar algumas coisas que estão faltando nas postagens antigas e adicionar o que falta.
Mas não poderei postar as folhas de experimentos de Laboratório de Ciências, ou não vai dar tempo de postar o mais importante.
De qualquer maneira, podem fazer qualquer pergunta sobre eles e eu tentarei responder.

- Julia

domingo, 18 de novembro de 2012

Português (Oitavo Ano do E.F. II) - Predicativo do Objeto


Um adjetivo só pode exercer as funções sintáticas de adjunto adnominal e de predicativo.
O predicativo pode ser do sujeito - quando está dentro do predicado referindo-se ao sujeito.

Ex: Cordélia não era traidora.
> Cordélia = sujeito
> não era traidora = predicado nominal
> traidora = predicativo do sujeito


Também há o predicativo do objeto - aquele que está no predicado referindo-se ao objeto, mas não faz parte do objeto.

Ex: O rei considerou Cordélia traidora.
> o rei = sujeito
> considerou Cordélia traidora = predicado verbo-nominal
> considerou = verbo transitivo direto
> traidora = predicativo do objeto

O rei considerou-a traidora.
> o rei = sujeito
> considerou-a traidora = predicado verbo-nominal
> considerou = verbo transitivo direto
> a = objeto direto
> traidora = predicativo do objeto

Português (Oitavo Ano do E.F. II) - Conjunção Integrante

Observe:
 
> Eu disse que acabei o dever. (que = conjunção integrante)
 
> Esse é o livro que eu li. (que = pronome relativo)
 
O 'que' que introduz uma oração subordinada substantiva é conjunção integrante (classe gramatical). Essa conjunção não possui função sintática.
 
O 'que' que representa uma palavra citada anteriormente no período é pronome relativo (classe gramatical). Esse pronome possui função sintática.